Cuidados de saúde: redução de custos e nivelamento por baixo na área de enfermagem
Estes "técnicos auxiliares" teriam cerca de 900 horas de formação e o 9.º como perfil de entrada em comparação com as 4800 horas que acarreta o curso superior de enfermagem e o 12.º ano como habilitação de acesso como acontece actualmente com os alunos que ingressam no curso.
Em declarações ao "Público" (23/10/04), Mercedes Bilbao, membro da Direcção da AESOP, afirma que estes "técnicos auxiliares podem, por exemplo, administrar a terapêutica prescrita, avaliar as repercussões desta administração, medir e avaliar sinais vitais como a frequência cardíaca, a temperatura, a tensão arterial, a respiração e até a dor", isto é, "comportamentos em áreas especializadas sem estar preparado para o fazer". Em contraponto, o poder político reservaria os enfermeiros "para tarefas mais nobres", que, não sendo as supra-citadas, desconhece-se quais serão...
Assume, também, particular gravidade a circunstância deste "técnico auxiliar" não poder ser responsabilizado pelos seus erros fazendo impender as suas consequências sobre o enfermeiro. À proposta, que fere inapelavelmente o rigor e a ética profissional da classe dos/as enfermeiros/as, só nos resta dizer à classe política que com a saúde não se brinca como parece que este executivo parece querer fazer...