Solidariedade com Espanha: o terrorismo é bárbaro seja a Al Quaeda, Eta ou "AlQuaEta"
O recente ataque terrorista em Madrid vem demonstrar que a segurança, por mais meios a que recorra e por mais tecnologicamente avançada que seja, nunca é absoluta. Longe disso. Quer se trate da Al Quaeda, da Eta ou de uma "Al QuaEta" qualquer, não há nada que justifique a matança indiscriminada de inocentes à guisa de um princípio qualquer de auto-determinação ou de vingança santa.
Actualmente, junto a um terrorismo de Estado (que encontra nos EUA e em Israel os seus mais "legitimos" praticantes, devemos recear um terrorismo calado, silencioso e sangrento que pode ocorrer em qualquer lugar. Ou melhor, pode ocorrer em qualquer lugar que encontre grandes massas de população concentradas num espaço reduzido. Os terroristas visam matar muita gente ao mesmo tempo. Paradoxalmente, as manifestações de repúdio face aos atentados vêm, justamente, encontrar eco nas pretensões dos autores dos atentados: por mais que se repudiem e condenem as acções terroristas, demonstram, pela população que adere, o impacto que tiveram. Por outras palavras: conseguem a publicidade que pretendem, logram atingir a propalação de terror que ambicionam e são, geralmente, bem sucedidos na passagem da mensagem.
Tudo isto não invalida o repúdio. Pelo que deixo aqui uma mensagem de solidariedade com os cidadãos e cidadãs espanhois: coragem, não se deixem intimidar e não procurem bodes expiatórios internamente. O fenómeno é global e merece um tratamento global.
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