domingo, janeiro 11, 2004

Descascar maçãs aumenta a inteligência...

O "Correio da Manhã", esse pasquim desorganizado e semi-tablóide, noticiava no outro dia que se tinha descoberto que o acto de descascar maçãs provocava o aumento da inteligência por quem praticava o acto. Alegava a peça noticiosa que se tinham constatado as áreas do cérebro que manifestavam grande actividade quando o "apple peeling" ocorria. Não sendo 1 de Abril, julguei que até teria havido algum cientista norte-americano, provável vencedor do próximo prémio "Ig-nobil", que se teria dedicado à investigação a tal iniciativa. A verdade é que estranhei que tal aumento de inteligência só se concretizasse exclusivamente com o acto de descascar maçãs e não laranjas, peras, outros frutos, vegetais ou tubérculos. Deduzi que tal não deveria ser assim: fruto de ignorância do jornalista ou de uma tradução mal feita do articulista, teriam omitido os outros frutos. Daí que tenha feito um exercício de imaginação para calcular quantos frutos, vegetais ou tubérculos teriam que descascar algumas personalidades da nossa praça para atingirem o que eu considero um grau mínimo de inteligência: Aqui vai:
- Durão Barroso: uma arroba de batatas greladas;
- Ferro Rodrigues: cinco arrobas de cebolas sem óculos;
- Paulo Portas: doze hectares de abóboras;
- Maria da Graça: cinco quilos de pera rocha verde;
- P. Santana Lopes: uma tonelada de dióspiros;
- M. M. Carrilho: todos os fenómenos frutíferos do Entroncamento até 2015;
- Souto Moura: todos os fenómenos hortículas do Entroncamento até 2025;
- Pacheco Pereira: os bagos das uvas do Douro até 2053;
...