quinta-feira, abril 07, 2005

Escrever, meu Deus, escrever...

A pressão de escrever algo por imposição só é comparável à fluidez de escrever espontaneamente...

ADENDA: os meus parabéns ao Hugo pelo términus da tese.

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Desconfio que se não existissem pressões para escrever e prazos para cumprir ainda estávamos todos a desenhar nas cavernas.

PJ

abril 07, 2005 9:25 da tarde  
Blogger Chris Kimsey said...

Porventura os diários pessoais e quem sabe os blogs escapem a essa lógica, não? :-|

abril 08, 2005 8:37 da manhã  
Blogger JVC said...

Escrever uma tese é só uma obrigação secundária. A verdadeira obrigação foi o trabalho de investigação, mas só faz doutoramento quem quer e por gosto, a obrigação é do próprio. E pode não haver prazer em escrever e dar a conhecer o que se investigou?
É por isto que me faz muita impressão e me causa preocupação ouvir dizer que o doutoramento foi um fardo.

abril 08, 2005 10:23 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O JVC assinala a sua preocupação relativamente aos que dizem que a tese é um fardo. Eu julgo que, para uma grande parte das pessoas que se metem a fazer teses, a questão não é considerar o mestrado ou o doutoramento um fardo. As coisas bem feitas são difíceis e tudo o que é difícil tem a factura correspondente. No final, se tudo correr bem, sente-se orgulho pelo trabalho realizado e pelos obstáculos ultrapassados.
Para mim, tendo em conta a minha experiência pessoal e o que observo à minha volta, diria que os obstáculos à realização de uma dissertação ou uma tese são mais que muitos. Aquilo que deveria levar dias levas semanas, o que deveria levar semanas leva meses e o processo torna-se penoso. Por vezes excessivamente penoso. Nalguns casos o orientador é incompetente e não transmite a segurança que possibilita ao orientando ultrapassar as suas naturais angústias e dúvidas. Noutros casos o trabalho de investigação é dificultado por razões que escapam ao investigador (o caso da organização dos arquivos para os historiadores, segundo me dizem). Por fim, o grau de exigência, que não de excelência, é por vezes absurdo. Vem-me sempre à memória aquela doutoranda de direito que uma vez questionada sobre o seu doutoramento afirmou: “Estou um atrasada. Só ainda escrevi 400 páginas…”. Em muitas áreas existe ainda a memória histórica do Doctorat d’Etát como padrão para a realização de um doutoramento. E aquilo que deveria um prazer alicerçado no esforço transforma-se num fardo por vezes difícil de suportar.
PJ

abril 08, 2005 2:15 da tarde  
Blogger Chris Kimsey said...

Não considero o doutoramento um fardo mas eventualmente o conjunto de circunstâncias (sacrificios) que ele implica. Estou no meu pc a escrever textos para o doutoramento e aparece-me o meu filho de dois anos com uns olhinhos de pena a querer brincar...
- qual é o fardo aqui??

E um doutoramento pode ser um fardo, per se e mesmo após terminado, se acontecer como a alguns colegas meus que esconderam que o tinham ou que o estavam a fazer por medo de irem mais cedo para o olho da rua.
- qual é o fardo aqui??

:-(

abril 08, 2005 6:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estavas a referir-te ao doutoramento com este texto, Paulo?
Nelson

abril 10, 2005 3:07 da tarde  
Blogger Blogger said...

Se não fosse a pressão para acabar, eu ainda estava no arquivo a recolher materiais... Aliás, já estou com síndrome de abstinência de arquivo...

abril 12, 2005 9:28 da tarde  
Blogger Chris Kimsey said...

Tu a acabares e eu a (re)começar nos arquivos, Hugo... :-|

abril 12, 2005 9:48 da tarde  
Blogger Chris Kimsey said...

Ao doutoramento e não só, Nelson. Julgo sentir uma certa pressão actual para escrever pouco e com muito conteúdo, "pouco e bem", "pouco para muito" numa altura em que impera a ditadura da imagem, emerge a pressão da economia da palavra... :-|

abril 26, 2005 9:32 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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dezembro 18, 2013 6:45 da tarde  

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