quarta-feira, abril 20, 2005

Com Ratzinger não há insecto voador que escape! Ratzinger... da Bayer…

Não sei bem qual é a percepção dos comentadores “oficiais” (neste caso daqueles que se dedicam a questões religiosas… José Pacheco Pereira será, certamente, um deles dado que é especialista ou generalista em todas as ciências…) mas a mim encontrou uma grande decepção a escolha deste papa. A ortodoxia venceu e por mais que o adjectivem de “papa de transição”, vislumbro que o homem vai durar, durar…

Não deixa de ser curioso que os discursos altamente elogiosos ao falecido João Paulo II se façam acompanhar da ideia de Ratzinger ser um dos seus “apóstolos” de ideologia ou mesmo “braço direito”. Se Karol Woyjtila era assim tão "bom" e se este Ratzinger partilhava a sua ideologia quando ao papel da igreja no actual enquadramento geo-estratégico mundial, das duas uma: ou João Paulo II não era assim tão “bom” ou este Bento XVI não é assim tão ortodoxo…

Vem isto a propósito de uma historieta acerca do novo papa. Anedota? Não me parece.

Teria Joseph Ratzinger convocado uma sessão ecuménica onde se teriam deslocado os máximos representantes de diferentes religiões: maometanos, hinduístas, budistas, protestantes, até os ortodoxos russos e muitos, muitos outros. Cada um falou, no púlpito, dos principais grandes ideias da sua confissão. A cada um a plateia disse: “Muito bem, Muito bem! Se se sentem à vontade com esses princípios, se os praticam em consciência e se têm essa vontade de ajudar os outros [todas tinham, de certo modo] está muito bem”. Até que chegou a vez de ir ao púlpito a Igreja Católica Apostólica Romana. E Joseph Ratzinger foi o escolhido. Disse, ufanando: “Só há uma verdade! É a nossa! Tudo isso é muito bonito mas são disparates! Não se admitem desvios à verdade!”.

Eis que se aproxima um senhor, chamado Padre Telemond (cf. “As Sandálias do Pescador”: excelente filme que já vi várias vezes) que diz em surdina:
- “Com Ratzinger não há insecto voador que escape! Só os rastejantes [isto é, os que se acomodam e aceitam a ortodoxia dogmática católica] Ratzinger... da Bayer…

ADENDA: descansem os "apóstolos" da chain letter que muito brevemente responderei à mesma. Fui duplamente solicitado...

ADENDA2: muitas acusações podem impender sobre o passado do Papa Bento XVI. Todavia, uma delas não lhe pode ser assacada. Vejo, irreflectidamente, alguns críticos a destacarem a sua pertença à "Juventude Hitleriana" enquanto criança/jovem. A eles digo: Tenham juízo! Considerem a natureza da época histórica. onde as crianças eram desde cedo fortemente ideologizadas [possuo cartilhas de leitura nazistas que o atestam] e obrigadas a ingressar nessa organização sem direito a contestação. E mesmo que o tivessem não teriam maturidade para tal. A estes críticos (eventualmente alguns perfilaram a organização da "Mocidade Portuguesa" e confessam-no saudosisticamente), a inclusão involuntária de uma criança numa organização cuja dimensão não estava ao alcance da sua compreensão parece ser um pecado de lesa-pátria... Tenham juízo!

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Fili mio?
In nomine pater, fili et spirictu santcu, io te declaro excomungatto della chiesa catolica apostolica romana. :):)
Nelson

abril 20, 2005 3:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

cabeça de cavalo ensanguentada na cama diz-te alguma coisa? :)
David

abril 20, 2005 7:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O homem é assim tão fulminante que "“Com Ratzinger não há insecto voador que escape! Só os rastejantes". Já estou a ficar com pena dos meus grilos.Não vão escapar com um "papa" assim. Cumprimentos. Arte por um Canudo 2

abril 21, 2005 12:48 da manhã  
Blogger JVC said...

1. Sobre o durar, o meu instinto médico, ao olhar para o homem, diz-me que ele ainda está para as curvas. Li algures que, uma vez, os cardeais quiseram um papa velho e elegeram Leão XIII, já octogenário. O problema foi que o papa viveu até aos 100 anos!

2. Muito bem a observação sobre as juventudes hitlerianas. Aliás, lei no CV do papa que ele desertou do serviço militar para se refugiar, clandestino, num seminário. pense eu o que pensar dele, é preciso muita coragem para isto. E, pessoalmente, para os que não viveram esses tempos, também não me esqueço de que, no liceu, todos os sábados à tarde, tinha aulas da Mocidade Portuguesa.

abril 21, 2005 7:46 da tarde  

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