Afinfa-lhe um Enxerto de Porrada!
O telejornal da SIC noticiou hoje que junto com um Gabinete de Apoio à Vítima de Violência Doméstica com o respectivo número de telefone, existe também um Gabinete de Apoio ao Agressor da, entenda-se, vítima de violência doméstica. E que até já tinha recebido um telefonema de um prevaricador que tinha domesticamente agredido uma vítima…
Tal como no caso das cassetes do “Caso Casa Pia” roubadas ao pasquim “Correio da Manhã”, também este blog teve acesso ao registo áudio do único telefonema recebido pelo Gabinete de Apoio ao Agressor.
A conversa decorreu entre um jovem psicólogo e o agressor.
Outras fontes (em segredo de justiça) asseguram que o jovem psicólogo era recentemente divorciado, divórcio esse - dizem, que eu não sei se é verdade… - iniciado por ele por ter apanhado a esposa, uma doméstica, a prevaricar na sua (dele) cama com um Sr. Dupont, diz-se, professor do ensino superior. Perdeu o processo de divórcio litigioso e a casa no tribunal de Gondomar e agora é obrigado a pagar - dizem, que eu não sei se é verdade… - uma chorosa pensão de alimentos ao filho menor, que o tribunal de Felgueiras atribuiu à mãe, mãe essa que entretanto vive com o Sr. Dupont - dizem, que eu não sei se é verdade… - recentemente despedido da escola onde tinha um contrato precário e agora, dizem, a viver à custa da novel amante via pensão de alimentos do jovem psicólogo. Dizem, que eu não sei se é verdade…
Por sua vez o agressor era um trabalhador da construção civil que trabalhava dia e noite para sustentar - dizem, que eu não sei se é verdade… - a mãe do seu filho (e o filho bébé) entretida a jogar ao póker com amigos quase todas as tardes numa casa enfumarada de fumo de charuto e que só interrompia o jogo para levar o filho ao médico por causa de graves problemas respiratórios do bebé por o levar, - dizem, que eu não sei se é verdade… - durante horas e horas a centros comerciais onde, por duas vezes, perdeu o bebé e foi salvo por dois seguranças - dizem, que eu não sei se é verdade… - que fizeram o registo de ocorrência à PSP mas que esse registo desapareceu porque um dos jovens polícias que se ocupou disso, assíduo frequentador da casa da agredida - dizem, que eu não sei se é verdade… - e que até lá chegou a passar algumas noites sem o agressor saber, acabou por ser a testemunha principal da agressão do agressor, apesar de nessa hora estar a trabalhar mas - dizem, que eu não sei se é verdade… - este facto foi desmentido pelo chefe da polícia, superior do polícia atrás referido, chefe este que era padrinho da irmã da agredida e que - dizem, que eu não sei se é verdade… - também participava nas jogatanas de horas e horas na casa da agredida. Dizem, que eu não sei se é verdade…
Pufff… e foi assim a única conversa telefónica até agora recebida no Gabinete de Apoio ao Agressor:
Jovem psicólogo – (…) sabe que a minha função é providenciar-lhe um atendimento psicológico fundamentado que o leve a compreender as razões da sua atitude, tentar compreende-lo mas nunca aceitar a violência. E nós temos aqui um código deontológico que não admite a violência como factor de resolução de problemas…
Agressor – sim sô doutor…
Jovem psicólogo – … e, por esse código, esta conversa será estritamente confidencial e sem qualquer valor legal num eventual processo contra si por queixa da sua esposa…
Agressor – Ah, pois doutor mas eu…
Jovem psicólogo – por tal pode falar à vontade.
Agressor – Oh, sô doutor! Ela diz que eu bati nela!
Jovem psicólogo – Pois… não devia… violência nunca resolve nada…
Agressor – Mas eu não bati! Já disse isso no hospital! Nem sequer ralhei! Cheguei a casa e ela tresandava a alcóol, a casa cheirava muito a tabaco e bebé estava sozinho na varanda ao frio, num sexto andar…
Jovem psicólogo – mas isso não é motivo para bater, veja lá…
Agressor – e o bebé não comia nada desde manhã… estava esfomeado e chorava muito…
Jovem psicólogo – e resolve isso à pancada?? Até foi preciso ir ao hospital!
Agressor – Não! Deixei-a dormir porque quando ela acorda bêbada fica muito mal disposta e da minha preocupação era dar o leite ao bebé que estava gelado…
Jovem psicólogo – e depois acordou-a e deu-lhe um enxerto de porrada? Foi?
Agressor – Eu?! Com um agente da polícia a dormir ao lado dela? Como podia? Como?!
Jovem psicólogo – Também bateu no polícia?!
Agressor – Eu não! Podia acordar o outro polícia, chefe dele, que roncava na mesa da cozinha e os dois batiam-me! E o que estava na cozinha tinha cá um capado! E é padrinho da minha cunhada…
Jovem psicólogo – Não percebo… os agentes da polícia chegaram antes ou depois da agressão?
Agressor – Antes ou depois? Pois… antes… acho eu…
Jovem psicólogo – Ah! Antes da agressão! Sempre agrediu então!
Agressor – Não eu não bati em ninguém! Já lhe disse!
Jovem psicólogo – Valha-me Deus… se até foi preciso ir ao hospital…
Agressor – Fui eu que fui lá receber curativos na cara, no peito e 87 pontos nas costas… foram os polícias que me acompanharam depois de me baterem…
Jovem psicólogo – Bateram?!
Agressor – Pois! Quando cheguei a casa e vi os dois agentes tentei sair de fininho mas tropecei num vaso, fiz barulho e eles acordaram… e o polícia fortalhaço disse ao outro: «Afinfa-lhe um enxerto de porrada!»
Jovem psicólogo – e a sua esposa? Ficou muito mal tratada?
Agressor – Pois ficou… tem grandes manchas vermelhas nas bochechas…
Jovem psicólogo – Ahá! Sempre bateu nela! Ó homem? Se não é honesto comigo como o posso ajudar?!
Agressor – mas ela foi ao hospital para lhe fazerem uma lavagem estomacal porque o sô doutor de lá disse que ela estava em “coima alcoólico”
Jovem psicólogo – “Coma”. Mas as manchas vermelhas? Foi você??
Agressor – Foram os polícias ao tentar acordá-la lá em casa mas ela não acordava. E levaram-na ao hospital. E eu, cheio de sangue no chão, perguntei-lhes se podia ir também. E eles deixaram-me ir no porta-bagagens do automóvel para não sujar os assentos de sangue…
Jovem psicólogo – Ó homem?! Mas o que é que me está a dizer?? Não bateu em ninguém?? Tem que telefonar ao Gabinete de Apoio à Vítima de Violência Doméstica e não a este gabinete!
Agressor – Pois… agora não posso. Disseram-me aqui na cadeia que eu só tinha direito a um telefonema…
Tente lá adivinhar, pela moral dos personagens, a moral da história...
7 Comments:
;-D. É hilariante! Moral da história? Eu volto mais tarde. Vou pensar...
David
Ainda não parei de rir! Moral da história: nunca confies numa mulher que fuma, bebe e dorme com policias?
Nelson
(onde foste buscar esta estória?)
Moral da história?? mas esta história tem tudo menos moral!
Eu não admito a violência doméstica, há muitos casos de mulheres que fazem tudo pela casa e pelos filhos e ainda apanham dos maridos! mas também há muitas como a da tua história! Eu conheço exemplos dumas e doutras!
Não te tinha como um "intelectual machista".
Tina
Intelectual não sei. Machista é.
"Doméstica"
Pronto. No melhor pano cai a nódoa!
A.
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